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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Segunda, vivenda

Hoje é segunda, odiada segunda. Curiosamente essa manhã de segunda aqui na vivenda até que foi legalzinha.
A victória, minha sobrinha, estava por aqui e deu a mesma agitação de sempre pras manhãs aqui, na vivenda.

Sobrinha Victória e Capuccino, o cão caolho.
Victória conhecendo os oito novos integrandes da matilha.
Victória e Capuccino espiando o tio Tônho lavando o carro.

sábado, 14 de agosto de 2010

Domingo dos pais - Tapanã

Tapa o que, rapaz?! Tapauér?!
Não, pô! Tapanã! Já te digo onde fica:


 Indicada pela seta verde, ela, Santa Maria de Belém do Grão Pará.


Ao aproximarmos o mapa, vemos, indicada pela seta púrpura escura 25%, ela, Santa Maria de Belém do Grão Pará.
Indicado pela seta verde, o bairro do Tapanã.

                                                                                             

Domingo passado, como todos devem saber, foi dia dos pais.

Meu pai conseguiu vir da cidade onde trabalha para passar o domingo com a gente. Foi bem legal e especial, havia já muito tempo que eu não passava um domingo dos pais com o meu pai... a cada dia tenho redescobrido o valor de certas coisas que havia esquecido nem sei por que.

Mas não era só dia dos pais. Domingo passado o tio Miguel, marido da minha tia Graça, fazia aniversário. Então, fomos ao sítio deles no Tapanã, bairro de Belém, onde faziam um belo almoço.
Já fui animado com a possibilidade de reencontrar o Lauro... antes que duvidem da minha opção sexual ou coisa do tipo, vale ressaltar que o Lauro é uma Arara, o que, pra alguém que curte fotografia, é uma boa chance de uma boa foto.


O Lauro é todo posudo. A tia graça diz que é só ele me ver com a câmera que ele jáfica todo afoito, pelo que sou muito grato, pois sempre me rende boas fotos dele.



Mas de animal não basta só o Lauro. Os "filhotes" da tia Graça também são um show à parte. Com destaque especial pro Turco que, mesmo "jogando no outro time" (segundo dizem as más línguas), também é muito bom em deixar sua marca na eternidade gerando mais e mais turquinhos e turquinhas.
É interessante ver a relação da tia Graça com ele. Ele, apesar de não dotado de um polegar opositor, é praticamente um de nós. E digo mais, até falar o sacana fala! Tudo bem que só a tia Graça entende e traduz tudo pra gente. Eu deveria ter filmado ela traduzindo os diálogos desenfreados do Turco... o curioso é que 90% das vezes que ele fala é sempre pra se explicar sobre sua opção sexual.
Vou tentar reproduzir tosca e inutilmente o que a tia Graça traduz:

Tio Tônho: Fala, Turco gay!
Turco (tia Graça): êêê tio tônho! Eu xô gay não, tá? Faxo até um bucado ti filho, eu, tá? Pocô eu xô é maxo, êêêu!

Geralmente os diálogos giram em torno disso, e eu adoro ver, é realmente hilário! E mais hilário é que o Turco, com uma cara de certo tédio, nunca parece estar falando ou querendo falar algo.

Tia graça fazendo a tradução de mais uma fala não audível do Turco.


Além de falar, ele canta, também! Nisso sua prole é igualmente boa e o acompanham no back vocal. O Brangança vai de gaita:



Na mesa, comida farta. Maniçoba, feijoada, feijão tropeiro, churrasco. De sobremesa os já divinos e famigerados doces da tia graça, cujos nomes eu nunca sei, o que sei mesmo é comê-los até enjoar (o que na prática é impossível).



Nas mesas, conversa e bebida farta. Fala-se da família, do interior do Pará. Paris, Coqueiro. Calor, chuva, futebol, fotografia etc etc etc

Márcia, Marcelo e tia Lia
Sávio. Meu pai.
Dani, vista pelos olhos da tia Lia.
Na piscina, diversão farta, em vista do também farto calor:


E é isso.
Basicamente foi esse o meu domingo dos pais com meus pais e outras partes da família.

Inté dispois!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mosqueiro

Mosquê o que, rapaz?!
É. Mosqueiro. Já te falo onde é:


Indicada pela seta verde, está ela, Belém, no Pará. Também a foz do braço sul do rio Amazonas.
A seta vermelha indica a posição do Suriname, de extrema importância para entender a localização de Mosqueiro.

Aproximando o mapa, vemos ela, Belém, indicada pela seta vermelha dessa vez.
A seta azul indica o Oceano Atlântico, ou parte dele.
A seta verde indica ela, a ilha de Mosqueiro.
O que nos faz perguntar: onde diabos entra o Suriname na história?
Mas é aí que está o barato! Pouca gente sabe dessa curiosidade, mas o Suriname nada tem a ver com a história, ou mesmo com esse post... só achei legal apontar a seta pra ele.

Mosqueiro é "Uma ilha fluvial localizada na costa oriental do rio Pará, no braço sul do rio Amazonas, em frente à baía do Guajará" assim diz a Wikipédia.

Mas o que a Wikipédia talvez não saiba é que há muita, mas muitas possibilidades de diversão, como o suíno gigante (e seu também gigante órgão genital) que encontramos fazendo seu tradicional lanche da tarde numa rua qualquer, em plena chuva.




Na realidade fomos na sexta, munidos de pouca experiência, a chave da casa da vó do Bruno e alguns instrumentos musicais no intuito de fazer algum barulho som quando a noite chegasse.
O ruim de sair com uma pessoa que fotografa é que ela quer parar em tudo quanto é canto, eu sou relativamente controlado nesse aspecto, mas não pude resistir ao pôr-do-sol que fazia naquele exato momento. Com um cargueiro ao longe na baía e o sol beijando o Marajó eu tive que pedir pra parar.
Numa escadaria na praia eu fotografei.

De Mosqueiro, a Baía do Guajará

Sylce
Bruno

De Mosqueiro, a Baía do Guajará

Logo após o sunset fomos até a Vila conferir de perto as tão apetitosas e famosas garotas tapiocas de Mosqueiro. A minha (de presunto e queijo) estava ótima, mas a do Sylce (com côco, doce de leite...) estava divina.

Era hora de achar a bat-caverna, e, de fato, achamos. No fim, bem no finalzinho, lá no fundo de uma rua pouco pavimentada estava ela, prontinha pra gente.
Pra nossa surpresa ela tinha tudo. Geladeira, fogão com botijão de gaz ainda bem cheio, banheiro limpinho e bonitinho, antena de TV (cuja mesma nem usamos), talheres e copos... e vejam só, uma churrasqueirinha!
Pra nossa infelicidade não tivemos a ideia do churrasco antes, nos lembramos o quanto somos amadores, com pão, queijo e presunto pra passar a noite. Então, fomos a caça ao mercadinho mais próximo atrás de carne.

No caminho uma surpresa!
Quando ainda estávamos no carro, Sylce comenta: beleza! Bora atrás do Mike, agora
Muito, mas muuuuito misteriosamente, ali, ali mesmo, do nosso lado, na garupa de um moto-taxista, lá estava ele, Mike do Mosqueiro, uma lenda musical.

Pra quem não conhece a lenda, ele esteve recentemente visitando nosso amigo Fausto Silva em seu programa  dominical:







A princípio tivemos que constatar com muito custo se era ele, de fato... mas não demorou muito até que confirmássemos. Foi quando um de nós (que não era eu) gritou: fala, Mááááááique! Bora tirar uma foto!
Paramos no acostamento. A moto parou no outro lado, mas logo fez o retorno e seguiu viagem, fomos ignorados.
Numa manobra super arriscada, Chuck Norris, no volante, Sylce fez o retorno também, deu-se início a uma alucinante perseguição. Foi quando a moto parou em um mercadinho, nós paramos um pouco à frente. Esperamos pra ver mas nada aconteceu e a moto seguiu em frente de novo. Fez mais um retorno, fizemos também. E mais um retorno, fizemos também.
E aconteceu de a moto parar no mesmo mercadinho de antes, mas dessa vez o Mike saiu da moto para comprar qualquer coisa. Decidimos com custo quem iria falar com a lenda, Bruno foi o sorteado escolhido.
Porém, pro nosso azar, Mike não estava num dia bom. Já meio bebum ele, com muito carinho, negou nosso pedido de foto. Bruno, desolado, insistia, mas a lenda estava relutante. Eu me juntei ao coro de "porfavores", mas com inúmeros pedidos de desculpa nosso amigo negava, sempre dizendo que estava triste, que queria ser somente como um de nós, que ficava feliz em saber que nós o tínhamos como um de nós etc.
Enquanto voltávamos pro carro ele foi se desculpando até a porta. Agradecemos e fomos embora inconsoláveis comprar a carne, mas eufóricos por conta da perseguição do encontro inesperado.

Já na Bat-caverna preparamos o fogo com muito custo, desprovidos de alcool ou querosene usamos mesmo um pouco de tinner que havia numa lata. Haja abanador! Haja braço!






Sylce aumentando a intensidade de O2 na área inflamável

Depois foi só ouvir música, jogar Play 2, rir de muita besteira, falar de mulheres coisas da vida.
Mais tarde, de madrugada, fomos de novo à Vila, mas nada achamos. Então, fomos à praia mais vazia e ficamos de molho... rimos de besteiras, falamos de mulheres coisas da vida, contei das coisas que rolaram lá longe enquanto estive fora de Belém...

Passamos quase toda a tarde tocando. Depois fomos à um igarapé, mas estava bem down o lugar e logo os elementos (nós) evadiram-se do local. Paramos numa praia e curtimos o fim da tarde até a chegada de um toró que epicamente nos livramos com uma carreira frenética pela areia da praia até o carro.

Arrumamos as trouxas, lamentamos o fim da carne do churras, fechamos a casa e fomos à Vila novamente comer uma última tapioca.

Fazia uma bela noite. E mais uma vez, num lampejo de consciência, lembrei do quanto sou apaixonado por essa terra.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Primeiros Clicks - Santa Bárbara do Pará

Tá, mas onde fica?


Indicada pela seta verde, ela, Belém.

Indicada pela seta vermelha, ela, Belém.
A seta verde indica a ilha de Mosqueiro.
A azul, Santa Bárbara do Pará.

                                                                          

Hoje, já em Belém, senti vontade de fazer um bloguinho para compartilhar meus registros, não apenas em imagens, mas escrito, também.

Eis a questão: o que postar primeiro?
Então, pensei: por que não fazer o primeiro post do blog com as primeiras fotos dessa minha nova fase em Belém do Grão Pará?

Pois bem, as fotos contidas nesses primeiros registros não são as primeiras de fato, mas as primeiras fotos realmente relevantes.

Anteontem, Sábado, 31 de Julho, meu pai acordou com vontade de fazer um passeio sem roteiro, sem programação. Saímos [já bem tarde] relativamente cedo, eu, meu pai, minha mãe e um amigo do meu pai, o Sérgio. A princípio iríamos ver um terreno que estava à venda nas terras onde o Sérgio foi criado, Santa Bárbara do Pará. Mas, como era no caminho, resolvemos parar no sítio do meu primo Fernando, o Refazenda, onde o mesmo desenvolve um trabalho super legal de permacultura. O problema é que ele não estava lá, pena. Então, seguimos para o tal terreno à venda, nos enrolamos para achar, pois o Sérgio havia esquecido o caminho.

Achado o caminho, nos embrenhamos cerca de 500 metros mata à dentro até acharmos o primeiro igarapé do terreno, vale ressaltar que o terreno tem 110 metros de largura por 1 quilômetro e uns quebrados de profundidade.



Primeiro Igarapé do terreno
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Meu pai explorando o Igarapé
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Uma aranha à beira do Igarapé
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Conhecido como "Pente de Macaco", segundo o Sérgio
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Mais 500 metros terreno adentro havia um outro igarapé, mas mais fundo que o primeiro. O problema é que não sabíamos desses dois dados, nem que era mais fundo (consequentemente mais legal) e nem que era à 500 metros, por isso resolvemos não seguir mata à dentro.

Foi quando o Sérgio disse que havia um outro igarapé ali perto, cujo dono havia feito uma mini represa e que era mais fundo e limpo. Como o dono só usava o igarapé uma vez por ano quando dava uma festa, e que o mesmo não morava na região, resolvemos adentrar.
É, meu amigo, isso mesmo, violamos o art 150 do Código Penal, invadimos a propriedade alheia e tomamos um belo banho no igarapé!

Meu pai dando um de seus típicos mergulhos
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Panorâmica vertical do igarapé invadido
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Panorâmica horizontal do igarapé invadido
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Folhas sobre a mesa
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Terminado o banho fomos atrás do vendedor do primeiro terreno, mas foi uma busca sem sucesso. Falamos com um, outro, o Sérgio nos levou em outro fulano, depois fomos buscar o irmão do Sérgio que sabia quem vendia o tal terreno, mas no fim das contas descobrimos que o dono não era dono, era dona, a irmã do senhor que achamos... acabamos apenas com o número do telefone da mesma.

À essa altura, 15:30, a fome começou a fechar o cerco, batalhas épicas eram travadas no meu estômago, e o povo clamava por comida. Foi quando o Sérgio nos levou na Maurícia, um lugarejo às margens de algum rio, creio que era na Baía do Sol. Lá comemos uma Pescada fresquinha, tirada do próprio rio.

Um amiguinho pegando carona na minha janela à caminho da Maurícia
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Banhistas fugindo do calor
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Sol das 16:00 banhando o que eu creio que seja a Baía do Sol
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Depois fomos de novo ao sítio do meu primo Fernando, o Refazenda. Dessa vez ele estava lá.
Fomos muito bem recebidos por ele e sua namorada, a Louise.

O Fernando me explicou cada lugar do sítio. Cada horta, a casa de banho, o processo de compostagem, e como cada coisa é reaproveitada e reutilizada num outro processo. Fomos até o igarapé no fundo do terreno pela Trilha Cultivada e voltamos pela Trilha da Floresta, mas à esta altura minhas duas baterias da câmera haviam me deixado na mão, e fica a dica: nunca saia com uma bateria com pouca carga e com a reserva sem saber se está ou não carregada hehehe
Infelizmente não tenho muitas fotos de lá, pelo menos não tanto quanto queria ter.

Aliás, pretendo dedicar um post neste blog só sobre o Refazenda e o trabalho do Fernando. Por hora segue algumas poucas fotos de lá.

Mais uma amiguinha, acho que elas gostam de mim
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Início da Trilha Cultivada, rumo ao igarapé
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De dentro do dormitório
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Cozinha do Refazenda
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E foi isso! Curtimos o fim da tarde com o Fernando, Louise, e seus companheiros caninos, Luca e a sobrevivente Vida.

Munidos de verduras e legumes fresquíssimos partimos de volta pra casa. Fazia um lindo fim de tarde e eu, num lampejo de consciência, lembrei como sou perdidamente apaixonado por essa terra.