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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mosqueiro

Mosquê o que, rapaz?!
É. Mosqueiro. Já te falo onde é:


Indicada pela seta verde, está ela, Belém, no Pará. Também a foz do braço sul do rio Amazonas.
A seta vermelha indica a posição do Suriname, de extrema importância para entender a localização de Mosqueiro.

Aproximando o mapa, vemos ela, Belém, indicada pela seta vermelha dessa vez.
A seta azul indica o Oceano Atlântico, ou parte dele.
A seta verde indica ela, a ilha de Mosqueiro.
O que nos faz perguntar: onde diabos entra o Suriname na história?
Mas é aí que está o barato! Pouca gente sabe dessa curiosidade, mas o Suriname nada tem a ver com a história, ou mesmo com esse post... só achei legal apontar a seta pra ele.

Mosqueiro é "Uma ilha fluvial localizada na costa oriental do rio Pará, no braço sul do rio Amazonas, em frente à baía do Guajará" assim diz a Wikipédia.

Mas o que a Wikipédia talvez não saiba é que há muita, mas muitas possibilidades de diversão, como o suíno gigante (e seu também gigante órgão genital) que encontramos fazendo seu tradicional lanche da tarde numa rua qualquer, em plena chuva.




Na realidade fomos na sexta, munidos de pouca experiência, a chave da casa da vó do Bruno e alguns instrumentos musicais no intuito de fazer algum barulho som quando a noite chegasse.
O ruim de sair com uma pessoa que fotografa é que ela quer parar em tudo quanto é canto, eu sou relativamente controlado nesse aspecto, mas não pude resistir ao pôr-do-sol que fazia naquele exato momento. Com um cargueiro ao longe na baía e o sol beijando o Marajó eu tive que pedir pra parar.
Numa escadaria na praia eu fotografei.

De Mosqueiro, a Baía do Guajará

Sylce
Bruno

De Mosqueiro, a Baía do Guajará

Logo após o sunset fomos até a Vila conferir de perto as tão apetitosas e famosas garotas tapiocas de Mosqueiro. A minha (de presunto e queijo) estava ótima, mas a do Sylce (com côco, doce de leite...) estava divina.

Era hora de achar a bat-caverna, e, de fato, achamos. No fim, bem no finalzinho, lá no fundo de uma rua pouco pavimentada estava ela, prontinha pra gente.
Pra nossa surpresa ela tinha tudo. Geladeira, fogão com botijão de gaz ainda bem cheio, banheiro limpinho e bonitinho, antena de TV (cuja mesma nem usamos), talheres e copos... e vejam só, uma churrasqueirinha!
Pra nossa infelicidade não tivemos a ideia do churrasco antes, nos lembramos o quanto somos amadores, com pão, queijo e presunto pra passar a noite. Então, fomos a caça ao mercadinho mais próximo atrás de carne.

No caminho uma surpresa!
Quando ainda estávamos no carro, Sylce comenta: beleza! Bora atrás do Mike, agora
Muito, mas muuuuito misteriosamente, ali, ali mesmo, do nosso lado, na garupa de um moto-taxista, lá estava ele, Mike do Mosqueiro, uma lenda musical.

Pra quem não conhece a lenda, ele esteve recentemente visitando nosso amigo Fausto Silva em seu programa  dominical:







A princípio tivemos que constatar com muito custo se era ele, de fato... mas não demorou muito até que confirmássemos. Foi quando um de nós (que não era eu) gritou: fala, Mááááááique! Bora tirar uma foto!
Paramos no acostamento. A moto parou no outro lado, mas logo fez o retorno e seguiu viagem, fomos ignorados.
Numa manobra super arriscada, Chuck Norris, no volante, Sylce fez o retorno também, deu-se início a uma alucinante perseguição. Foi quando a moto parou em um mercadinho, nós paramos um pouco à frente. Esperamos pra ver mas nada aconteceu e a moto seguiu em frente de novo. Fez mais um retorno, fizemos também. E mais um retorno, fizemos também.
E aconteceu de a moto parar no mesmo mercadinho de antes, mas dessa vez o Mike saiu da moto para comprar qualquer coisa. Decidimos com custo quem iria falar com a lenda, Bruno foi o sorteado escolhido.
Porém, pro nosso azar, Mike não estava num dia bom. Já meio bebum ele, com muito carinho, negou nosso pedido de foto. Bruno, desolado, insistia, mas a lenda estava relutante. Eu me juntei ao coro de "porfavores", mas com inúmeros pedidos de desculpa nosso amigo negava, sempre dizendo que estava triste, que queria ser somente como um de nós, que ficava feliz em saber que nós o tínhamos como um de nós etc.
Enquanto voltávamos pro carro ele foi se desculpando até a porta. Agradecemos e fomos embora inconsoláveis comprar a carne, mas eufóricos por conta da perseguição do encontro inesperado.

Já na Bat-caverna preparamos o fogo com muito custo, desprovidos de alcool ou querosene usamos mesmo um pouco de tinner que havia numa lata. Haja abanador! Haja braço!






Sylce aumentando a intensidade de O2 na área inflamável

Depois foi só ouvir música, jogar Play 2, rir de muita besteira, falar de mulheres coisas da vida.
Mais tarde, de madrugada, fomos de novo à Vila, mas nada achamos. Então, fomos à praia mais vazia e ficamos de molho... rimos de besteiras, falamos de mulheres coisas da vida, contei das coisas que rolaram lá longe enquanto estive fora de Belém...

Passamos quase toda a tarde tocando. Depois fomos à um igarapé, mas estava bem down o lugar e logo os elementos (nós) evadiram-se do local. Paramos numa praia e curtimos o fim da tarde até a chegada de um toró que epicamente nos livramos com uma carreira frenética pela areia da praia até o carro.

Arrumamos as trouxas, lamentamos o fim da carne do churras, fechamos a casa e fomos à Vila novamente comer uma última tapioca.

Fazia uma bela noite. E mais uma vez, num lampejo de consciência, lembrei do quanto sou apaixonado por essa terra.

3 comentários:

  1. Mosqueiro, pra mim, é um monte de mosca! =D

    Que bom que tu conhece um Mosqueiro bem diferente...

    Bjim.

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  2. hehehe
    O nome vem do "moqueio" do peixe praticado pelos índios locais... ou algo assim =D
    bjim!

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  3. putz saiu do sudeste e voltou pro Pará pra virar Paparazzi??? ahahhah
    superrr essa sua aventura!
    adoreiii
    lindas fotos!

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